O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é comumente identificado pelos médicos nos primeiros três anos de vida da criança. É neste período que os primeiros sinais costumam aparecer a ponto de serem detectados pelos pais. O recomendado é que os adultos responsáveis pela criança busquem ajuda o quanto antes. Quanto mais cedo o transtorno for diagnosticado, maiores as chances dos sintomas serem minimizados.
Assim, mesmo que os primeiros sinais do TEA apareçam nos primeiros anos de vida, há casos em que o diagnóstico só é realizado muito mais tarde. Isso porque alguns sintomas aparecem de forma sutil, o que dificulta a percepção dos adultos. Quanto mais suave for o autismo, mais difícil é de diagnosticá-lo. Por isso, os adultos responsáveis devem prestar bastante atenção aos sinais.
Mas quais são os sinais do TEA?
Segundo a Associação Nacional de Autismo dos EUA, há quatro características principais que indicam a possibilidade de a criança ter TEA: dificuldade com as interações sociais; comprometimento cognitivo; dificuldade de comunicação; e comportamentos repetitivos. No cotidiano da criança, é possível perceber ações que apontam para esses desvios comportamentais. Alguns exemplos são:
- Dificuldade de estabelecer contato visual. O olhar é extremamente importante para demonstrar o vínculo materno. Por exemplo, é preciso ficar atento ao perceber que a criança não se conecta pelo olhar com a mãe enquanto está sendo amamentada.
- Dificuldade de estabelecer contato físico. A partir dos 8 meses, a criança costuma estranhar quem não é do seu convívio, demonstrando um desconforto. Caso a criança apresente um comportamento diferente, é melhor desconfiar.
- Atraso no aparecimento da fala. Geralmente, uma criança de um ano e meio já consegue pronunciar em torno de 6 a 10 palavras.
- Dificuldades para brincar: é um sinal de TEA quando a criança não demonstra interesse em brincar com outras crianças da mesma idade que ela.
- Hipersensibilidade, medo ou irritabilidade a certos sons. As crianças com TEA tendem a apresentar um sensibilidade sensorial, o que causa um estranhamento excessivo com sons, texturas e sabores que ela desconhece.
Acompanhamento profissional
A criança não precisa ter todos os sinais para ser diagnosticada com TEA. Nem todas vão apresentar as mesmas características devido à amplitude do espectro. Há casos mais leves, em que criança não apresenta muitos sintomas e, por isso, consegue ser mais independente. Já nos casos mais graves, o autista pode manifestar ausência total da fala e grande dependência para realização de tarefas simples.
Entretanto, independentemente do grau do transtorno, é necessário que a criança seja acompanhada por profissionais especializados. No primeiro sinal de suspeita, os pais devem levar a criança a um pediatra e a um psicólogo para que o diagnóstico seja confirmado.
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