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Seletividade Alimentar em Crianças Autistas: Fatores e Desafios

Seletividade Alimentar e Autismo


O momento da alimentação para uma criança com autismo pode ser um período de estresse para ela e para os pais. Uma pesquisa realizada em 2010 pela University of Massachusetts Medical School mostrou que 67% das crianças autistas apresentam seletividade alimentar.


Dessa forma, um dos maiores problemas identificados pelos pais de crianças autistas é a relutância dessas crianças em experimentar novos alimentos. Isso ocorre devido à interferência de estímulos sensoriais durante a alimentação em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Além disso, comportamentos repetitivos e restritivos comuns ao TEA também contribuem para essa seletividade.


O que leva à seletividade alimentar?


Sensibilidade sensorial refere-se à capacidade cerebral de perceber estímulos e responder a eles por meio dos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar). No contexto do TEA, a hipersensibilidade a esses estímulos é um sintoma bastante comum, intensificando a relação com os 5 sentidos. Por isso, caso a criança autista apresente essa hipersensibilidade sensorial, ela tende a manifestar uma resposta comportamental negativa ao entrar em contato com alguns novos alimentos.


A pesquisa da Universidade de Massachusetts mostrou que entre os fatores de seletividade mais relatados estão a textura, a aparência, o sabor, o cheiro e a temperatura dos alimentos, levando as crianças a rejeitarem algumas opções oferecidas durante a alimentação.


Essa seletividade pode se manifestar de diversas formas. Por exemplo, há crianças autistas que apresentam comportamentos relacionados às cores dos alimentos, consumindo apenas alimentos amarelos ou evitando alimentos da cor verde. Portanto, as crianças com dificuldades no processamento sensorial tendem a selecionar alimentos que estejam dentro de sua zona de conforto.


Além disso, os comportamentos repetitivos e restritivos, características do autismo, podem ter um impacto significativo na alimentação da criança autista, resultando em interesse apenas por tipos específicos de alimentos, o que acaba restringindo a dieta e, muitas vezes, comprometendo a sua nutrição.



Acompanhamento necessário


Existem outros fatores que potencializam a seletividade alimentar em crianças autistas. O atraso das habilidades motoras é um deles. No entanto, mesmo com essas dificuldades, é possível driblar esses comportamentos durante a alimentação.


Nesse sentido, o acompanhamento com profissionais especializados é fundamental. Terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, especialistas em alimentação e integração sensorial podem ajudar os pais e as crianças nessa jornada.



Os pais devem ajudar durante alimentação


Neste contexto, o papel da família também pode ser de grande ajuda. Os pais devem criar ambientes adequados para as experiências alimentares. Um dos erros mais comuns dos pais é manter a rotina da criança e não estimulá-la a experimentar outros alimentos. Assim, a maneira como o alimento é ofertado para criança é uma forma de fazer com que ela fique mais interessada naquilo.


A introdução de novos alimentos na rotina de uma criança autista deve ser feita com cautela. Os pais precisam respeitar os limites da criança, fazendo cada mudança aos poucos. Dessa forma, o adulto não deve forçá-la a comer, mas sim oferecer alimentos variados para que ela mesma tenha o interesse em se servir.



Outra maneira é colocar pedaços pequenos de alimentos diferentes junto com alimentos que as crianças já estão habituadas a comer.



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